Ceará Pacífico: Internas do presídio feminino recebem certificação em coach

13 de setembro de 2017 - 19:43

“Na unidade (prisional) tive o prazer de poder vivenciar o coach e descobrir que eu tenho sonho, tenho como retomar minha vida. O coach me fez acreditar que isso é possível, que minha vida não acabou aqui”, acredita Simone Bernardino. Interna há dois anos no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, ela recebeu, na tarde desta quarta (13), o certificado de conclusão do projeto Coaches por um Ceará Pacífico, realizado pelo gabinete da vice-governadora em parceria com a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado.

Com ela, outras 18 internas da unidade prisional receberam o certificado em uma solenidade que contou com a presença da vice-governadora do Estado, Izolda Cela. O certificado veio após 12 sessões semanais de projeto, que busca promover o autoconhecimento e o crescimento pessoal.

A vice-governadora Izolda Cela destacou que essa atividade vem se desenvolvendo no âmbito das parcerias às ações de prevenção da violência. “No caso do sistema penitenciário, é uma ação para fortalecer as atividades que promovem o desenvolvimento das pessoas e a oportunidade delas reorganizarem seus projetos de vida”, destacou.

A coordenadora de inclusão social do preso e do egresso da Sejus, Cristiane Gadelha, destacou que a nova vida que essas internas terão fora da unidade começa lá dentro e que ações como essa estão construindo um novo ser humano.

Kelia Nascimento, coach que ministrou o treinamento na unidade, destacou o poder transformador da ação também para os coaches. “Por mais que a gente chegasse com uma metodologia, uma credencial para ministrar um processo tão forte, a gente tinha dificuldades e elas foram anuladas a partir do momento que nos deparamos com as dificuldades de vocês”, ressaltou.

“É um processo interessante que acontece nos sistemas educacional e judiciário. As internas fizeram dez sessões onde trabalharam a responsabilidade, autoestima, projeto de responsabilidade, onde são ouvidos os relatos de todas elas”, destacou Cristiane Holanda, coordenadora de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz.