G20 no Ceará: Escola de Gastronomia Social recebe comitiva de autoridades internacionais ligadas a educação
30 de outubro de 2024 - 13:50 ##Ceará no G20 #EGSIDB #Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco #gastronomia #jantar
A comitiva do G20 teve a oportunidade de conhecer uma diversidade de alimentos produzidos por seus alunos da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco
Com a missão de promover a inclusão social por meio de cursos profissionalizantes na área da gastronomia, uma das áreas mais fortes do Ceará, a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB) recebeu, nesta terça-feira (29), a comitiva de autoridades ligadas à reunião ministerial de educação do G20.
A vice-governadora do Ceará e secretária das Mulheres, Jade Romero, esteve presente e reforçou a importância que o Estado do Ceará tem dado, ao longo dos anos, à educação. “A educação é um assunto prioritário para nós que fazemos o Governo do Ceará. Não é à toa que as 10 melhores escolas públicas do Brasil estão aqui no nosso Estado”, pontuou Jade Romero.
“Nossos bons resultados são graças a esforços contínuos de servidores públicos, dos nossos alunos, dos nossos professores, de todos e de todas que acreditam na educação como uma mola propulsora do desenvolvimento, não somente do nosso estado, mas do nosso país e do mundo”, enfatizou a vice-governadora.
Educação como mola propulsora
A educação promovida pela Escola de Gastronomia Social tem sido a “mola propulsora” de muitos jovens, como a do cearense quilombola Joélio Caetano. Durante a visita, as autoridades conheceram o sorvete de farinhada. Criado nos laboratórios da Escola da Gastronomia Social, o sorvete foi pensado para levar o “Sabor do Ceará” para quem o experimentasse. “É um sorvete feito à base de mandioca, e para saborizá-lo estudamos elementos culturais do território, que era a rapadura, o coco, a farinha de mandioca e a manteiga da terra, e aí fizemos uma farofa. Isso tudo dá um sabor diferenciado, e assim nasce o sorvete de farinhada, que vem para valorizar essa prática da farinha que tem nos territórios quilombolas cearenses”, explicou o criador do sorvete.
“É muito significante para mim levar esse produto para tantas pessoas de países diferentes. Porque, por muito tempo, nós, pretos e quilombolas, não tínhamos oportunidades de ocupar esses espaços. E hoje, estamos mostrando nosso produto, que nasce da criação por mão pretas, para pessoas do mundo todo”.
Apaixonado por gastronomia, Joélio pontuou que equipamentos públicos, como a Escola de Gastronomia Social, têm levado esperança e sido ponto de partida para a realização de sonhos, principalmente de jovens.
“A Escola de Gastronomia, para mim, significa um abridor de portas. Porque foi através da escola que eu tive a oportunidade de conhecer mais a gastronomia, apresentar o meu território e consegui levar o meu território através de um produto que nasce nessa escola”, ressaltou. “Então, como abriu e tem aberto portas para mim, também tem influenciado diretamente na vida de outros jovens. Essa política pioneira tem chegado nos jovens de várias formas, seja quem queria participar pelo laboratório, pelos cursos profissionalizantes ou pelos cursos de base. Aqui, com certeza, teremos a transformação de muitas vidas”, completou.
Transformação pela cultura alimentar
Durante a visita ao equipamento, a comitiva teve a oportunidade de conhecer uma diversidade de alimentos produzidos por seus alunos. A superintendente da Escola de Gastronomia Social, Selene Penaforte, orgulhosa por ter o equipamento pioneiro nesse tipo de política pública, apresentado para tantas autoridades internacionais do segmento da educação, enfatizou que a escola, para além de tudo, acredita que é pela educação que se muda o mundo. “Somos um lugar onde a gastronomia não é exercida apenas com técnicas culinárias, mas com afeto, criatividade e transformação”, declarou a diretora.
Para a diretora, que convive diariamente com histórias como a de Joélio, a Escola de Gastronomia Social, inaugurada em 2018, tem cumprido o seu objetivo de transformar vidas, sobretudo daqueles que mais precisam. “Nessa escola, entendemos que a cozinha é muito mais que uma série de receitas e habilidades. É um espaço onde, diariamente, vidas são transformadas. Não só em termos profissionais, mas também em uma dimensão humana. A nossa forma de ensinar permite que trajetórias de vidas sejam valorizadas a partir da cultura alimentar”, finalizou.