Integrantes do sistema socioeducativo são capacitados para facilitar círculos de construção de Paz

21 de fevereiro de 2020 - 10:40 # # # #

Ascom Seas/ViceGov - Repórter Queiroz Netto - Fotos

Nesta quinta-feira (20), mais uma turma de integrantes do sistema socioeducativo concluiu o curso sobre círculos de construção de paz e justiça restaurativa, promovido pelo Núcleo de Justiça Restaurativa e Mediação de Conflitos da Vice-Governadoria. Catorze colaboradores da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) foram certificados. 

As formações, que estão acontecendo desde 2018, reúnem socioeducadores, psicólogos, assistentes sociais, pedagogos, coordenadores e diretores. De acordo com Cássio Franco, assessor especial da Vice-Governadoria e ex-superintendente do Seas, a ideia de implementar os círculos de construção de paz surgiram ainda na reestruturação do sistema. “Já prevíamos a implementação, mas agora temos uma situação bem mais favorável e plena para imprimir os valores que vocês discutem nos círculos”, disse. 

O curso

As ações já estão sendo executadas nas unidades socioeducativas pelos facilitadores que participaram das formações. “O curso forma facilitadores de círculos de construção de paz, que nos centros socioeducativos são importantíssimos para facilitar os diálogos, as tratativas e os relacionamentos entre os socioeducandos, os socioeducadores, a família e a sociedade”, ressaltou Érika Chaves, representante da Coordenação de Mediação, Justiça Restaurativa e Cultura de Paz da Vice-Governadoria.

Concludente de curso, o socioeducador Lindongilson do Carmo Pessoa, do Centro Socioeducativo São Miguel, disse que já conseguiu implementar os círculos de construção de paz no cronograma de atividades da unidade onde trabalha.

“O método é visivelmente eficaz, porque os adolescentes que participaram dos primeiros círculos não transgrediram mais, não foram mais para a área disciplinar, por isso incluímos os círculos na programação todas as quartas-feiras. E qualquer resistências que ainda exista é quebrada quando os adolescentes voltam, comentam e despertam interesse dos outros”, relatou. 

Para a Coordenadora Estadual da Escola Nacional de Socioeducação, Laura Tavares, o curso oportuniza “a inclusão dos profissionais da socioeducação do Estado nesse universo das práticas restaurativas, que traz a todos o entendimento da importância e da valorização das relações entre socioeducador e socioeducandos, bem como toda a comunidade socioeducativa de cada centro”.