Pacto por um Ceará Pacífico: jovens do Bom Jardim recebem orientação para ingressar no mercado de trabalho

30 de outubro de 2019 - 12:26 # # # # #

Igor Cavalcante - Repórter Queiroz Netto - Fotos

Sessenta jovens residentes no Grande Bom Jardim receberam orientação profissional na manhã desta quarta-feira (30), no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro. A iniciativa faz parte das atividades do Pacto por um Ceará Pacífico e foi coordenada pela Vice-Governadoria do Estado do Ceará.

Participaram da iniciativa estudantes dos cursos ofertados pelo Núcleo de Ação pela Paz (Napaz) do Grande Bom Jardim, que inclui aulas profissionalizantes para atendentes de farmácia, assistentes administrativos, vendedores do comércio varejista, operadores de caixa, manicures e pedicures, além de cozinheiros e confeiteiros.

Vaga no mercado

Conforme Pedrita Viana, coordenadora do Ceará Pacífico no território do Grande Bom Jardim, foi identificada uma demanda dos jovens que concluíam os cursos sobre como se inserir no mercado de trabalho. Aqueles com idade igual ou superior a 18 anos são cadastrados no Sistema Nacional de Emprego (Sine). Contudo, eles pediam orientações sobre como obter a vaga pretendida.

Uma parceria firmada entre a Vice-Governadoria do Ceará e o Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) passou a oferecer isso aos jovens. “O Ciee vem com a expertise de uma oficina de orientação para o mercado de trabalho. Os jovens são orientados sobre como se portar em uma entrevista, como elaborar um currículo e onde capilarizar o currículo”, disse.

O curso desta quarta-feira teve duração de quatro horas e foi ministrado por uma profissional do Centro. “O Ciee tem um filtro que prioriza os jovens que participaram das nossas oficinas”, explicou Pedrita.

Experiência

O estudante Eduardo Silva, 21, contou que já participou de duas entrevistas de emprego e teve experiência profissional em uma empresa. Ainda assim, aproveitou a orientação ofertada pelo Napaz para melhorar o currículo. “Já tenho essa experiência, mas quis vir hoje tirar algumas dúvidas e conhecer mais sobre o serviço do Ciee, o que eles têm a oferecer”, disse.

Já a aluna do ensino médio Ariane Araújo, 21, soube do curso de aconselhamento para o mercado de trabalho por meio de redes sociais. Ela disse que viu ali a oportunidade de descobrir técnicas que possam ajudá-la na hora da seleção profissional. “Eu participei de uma entrevista em uma empresa, mas acabei ficando muito nervosa e não consegui passar”, comentou.

Mercado de trabalho

O encontro de orientação profissional é realizado pela segunda vez neste ano. Segundo a coordenadora do Ceará Pacífico no Bom Jardim, o balanço é positivo. “Alguns jovens, que conseguimos acompanhar mais de perto, conseguiram ser efetivados no mercado de trabalho, foram inseridos sobretudo em bancos”, contou.

Até o fim deste ano, serão ofertados onze curso de capacitação profissional como parte das atividades do Napaz, do Ceará Pacífico. A estimativa é de que 220 jovens, com idade entre 14 e 25 anos, sejam atendidos ao longo deste segundo semestre. Os cursos variam de 25 dias a dois meses, com materiais didáticos e práticos oferecidos gratuitamente aos alunos.

Parceria

Pedrita Viana ressalta ainda a parceria firmada com entidades locais, como organizações não governamentais (ONGs) e iniciativas comunitárias. “Eles fazem a mobilização, captam esses jovens e abrem as portas para recebê-los”, destaca a coordenadora.

Entre os parceiros estão o Quintal Cultural Raimundo Vieira, a Associação Espírita de Umbanda São Miguel, o Projeto Esperança de Viver, a Igreja Comunidade Hebron, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, além do Projeto José Henrique, da Associação dos Moradores do Bom Jardim, do Centro de Cidadania e Valorização Humana, da Escola Municipal Raimundo Moreira Sena e da Associação dos Moradores do Parque Santa Cecília.

Para realização dos cursos, é firmada também uma cooperação com a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), que ministra as aulas no Interior e na Capital. “Nosso diferencial é que damos capilaridade em locais que estão em situação de vulnerabilidade, em territórios onde a série histórica aponta que a violência, sobretudo a letal, incide. Estamos levando essa oportunidade para aquele jovem que muitas vezes não têm dinheiro para ir a outro local”, concluiu a coordenadora.