Izolda Cela participa do lançamento de plataforma online do Programa Fortaleza Solidária

30 de abril de 2019 - 09:06

A governadora em exercício do Ceará, Izolda Cela, acompanhada do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, participou, nesta segunda-feira (29), do Programa Fortaleza Solidária. A solenidade apresentou uma nova plataforma digital que busca conectar Organizações Não Governamentais (ONGs) e voluntários para construção de uma rede de solidariedade. A ocasião, que aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), reuniu líderes e voluntários de causas diversas. A cerimônia contou com a presença do presidente da FIEC, Beto Studart, do empreendedor social do Transforma Brasil, Fábio Silva, entre outras autoridades.

Inspirada em modelos já funcionando em cidades como Recife, a iniciativa faz parte de um movimento local interligado ao Transforma Brasil, que tem como visão transformar o País por intermédio do voluntariado e do engajamento cívico. A plataforma cruza os dados dos que querem ser voluntários, mas não sabem como, com os das ONGs que precisam de mão de obra, mas não sabem onde encontrar voluntários. Organizações e voluntários poderão cadastrar seus perfis, indicando áreas de atuações, disponibilidade de tempo do voluntariado e das necessidades das ONGs, envolvendo o poder público, a iniciativa privada e o terceiro setor.

Para a Izolda Cela, o Fortaleza Solidária é um projeto que precisa existir para além da gestão atuante e que veio para mudar a mentalidade e a cultura da sociedade. “É algo que retorna para a pessoa desobstruindo canais e trazendo saúde e alegria. Vem para que nos possamos alcançar patamares superiores em relação ao que vemos hoje na nossa realidade. Já estamos pensando em outras cidades do Ceará que possam assumir esse desafio de transformação”, afirmou.

Roberto Cláudio inaugurou oficialmente a plataforma realizando o primeiro cadastro como voluntário. Para ele, o sucesso do Fortaleza Solidária está na capacidade da prefeitura viabilizar o protagonismo das entidades e dos voluntários, de modo que instituições e cidadãos unam forças para criar uma cadeia solidária. “Nosso papel é estimular, induzir, ser parceiro. A cidade se transforma com a sua gente e com a cidadania, e o poder público é fundamental nessa grande cadeia de transformação, mas é limitado em tempo e recursos. Se nos unirmos e nos alinharmos em uma visão e um senso de estratégia para mudar a cidade, as coisas vão acontecer”, disse o prefeito.

Conforme Lílian Fontele, coordenadora de Padronização e Uniformização da Coordenadoria Especial de Articulação das Regionais (Coareg) e autoridade do município à frente do Programa, a meta inicial é formar uma rede com 250 organizações e engajar 50 mil voluntários no município de Fortaleza. “Queremos atuar em todas as áreas que tiver demanda, como saúde, educação e outras. Para mobilizar mais voluntários, vamos fazer eventos inspiracionais em faculdades, clubes de futebol, igrejas, além de apoiar as ONGs a se reestruturarem. Todos os projetos, inclusive iniciativas sem CNPJ também podem se cadastrar para conseguir voluntários para sua causa”, disse.

Transformação social

O empreendedor social Fábio Silva, parceiro da atividade, lembra que é papel de cada um implementar a mudança social. “O Programa Fortaleza Solidária é mais do que doar a quem precisa. É, também, transformar o coração de quem doa. Queremos, por meio de uma plataforma de engajamento, realizar a conexão entre pessoas e instituições que desejam, juntas, causar impacto positivo, nas comunidades, nos bairros, nas cidades e em todo o nosso País”, enfatiza.

De acordo com o World Giving Index (WGI 2017), estudo feito pela Charities Aid Foundation (CAF) em 139 países, o Brasil fica em 75º lugar no ranking da solidariedade. Apenas quatro em cada 100 brasileiros desempenham algum tipo de trabalho voluntário. Já segundo a pesquisa Outras Formas de Trabalho, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2017), há 7,4 milhões de voluntários em uma população de 208 milhões de pessoas.