Ceará Pacifico: Empoderamento feminino é tema de debate em escolas do Grande Bom Jardim

23 de março de 2018 - 15:34 # # # #

Rodrigo Barros - Repórter
Queiroz Netto - Fotos

Representantes do Ceará Pacífico foram até a escola Júlia Alves Pessoa, no território do Grande Bom Jardim, na manhã desta sexta-feira (23), para tratar sobre o empoderamento feminino com estudantes do ensino médio. A ação é intitulada “Empoderarte: A Paz que a gente quer é a não violência contra a mulher”.

Os debates foram divididos em dois momentos. No primeiro deles, a articuladora social Dhanny Marinho abordou a temática da violência de gênero, provocando nos estudantes questionamentos como o conceito de diversidade de gênero e sexualidade sobre o direito das mulheres.

“A gente vive em um país que é o quinto no ranking de nações com mais assassinatos de mulheres no mundo. Nos últimos 10 anos, os assassinatos contra mulheres negras cresceram 54%. E é na periferia onde existe o maior número de mulheres negras. Daí a importância de falar sobre esse tema em uma escola do Grande Bom Jardim”, disse Dhanny.

Já na segunda metade da palestra, as discussões foram voltadas para a análise do empoderamento feminino na cultura hip-hop e o seu processo histórico. Quem esteve à frente foi a articuladora social Natália Góis. “A gente procura tratar esses assuntos por meio de uma linguagem artística e cultural. Hoje, por exemplo, trouxemos letras de músicas para instigar uma reflexão e um senso crítico nos alunos. Queremos dar mais protagonismo para as mulheres”, ressaltou Natália.

Emponderarte

A iniciativa é uma vivência de construção coletiva com ações nas escolas estaduais do Grande Bom Jardim. Nas ocasiões, são abordadas temáticas dos direitos sexuais reprodutivos, prevenção da gravidez na adolescência, estratégias de enfrentamento da violência contra a mulher e hip-hop e seu processo histórico de exclusão e ascensão da mulher.

“Acho muito importante que o Governo faça esse tipo de ação com a gente. Nós, mulheres, já conquistamos muitas coisas. Mas ainda temos um longo caminho para percorrer, muitos obstáculos a superar. Estamos lutando por mais respeito e por direitos iguais aos dos homens”, falou a estudante Lara Fábia de 16 anos.

Além da escola Júlia Alves Pessoa, alunos das escolas Santo Amaro, CAIC Maria Alves Carioca e Jociê Caminha também receberam as palestras durante o mês de março.